Acho mesmo que o cinismo do personagem em questão, nos faz refletir
sobre as convençoes da cultura e sua amarras a liberdade... Fiquei
pensando, não seria este personagem um Bufão, que nos faz olhar pra
dentro do nosso ridiculo mundo, que joga a fé pelo chão e acaba com a
esperança... Em um primeiro momento me senti como que sem pernas, mas,
apoiado no que conheço de Spinoza, me ergui como homem potente, que
deseja que todos sejam potentes e livres... Sem de fato, nenhum tipo de
ficção, nem um tipo de pilar que sustente a compaixão e a
solidariedade, mas que deseja e por desejar vive em plena consciencia
do devir, como corpo sem orgãos, negando a culpa e a divida infinita...
Assim me senti com esse texto... Como que precisando nascer novamente,
renovar, vida nova... Nao para ser egoista ou egocentrico, mas pra dar a
mim mesmo a chance de ser sem peso. Fernando Pessoa em 1922, talvez
tenha consiguido prever ou ver as tiranias todas que viriam e que
estavam proclamadas em nome do bom senso. do senso comum. O que podemos, olhando o mundo
depois de todos estes anos, é saber que por medo, tenhamos perdido o
sentido de liberdade, por medo, colocamos nas mão dos sacerdotes nossas
vidas...
Ainda estou um pouco confuso, depois de ler esse texto, peso-me, não sei porque.
Fernando Lopes Lima
Rio de Janeiro 24/02/2001
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